04 junho 2007

VERMELHO

Vermelho é vida. Sangue vivo. Nas luvas brancas. No sangue mensal, no sangue fatal. Da carne e da correção. Vermelho na alma, que espante o luto. Vermelho do parto e na queimadura que dói . Nos olhos verrmelhos de tanto chorar . Vermelho na boca, na unha, na roupa. Fita vermelha contra mal olhado Vermelho no sapato da puta e do Papa. Vermelho no vestido da Júlia Meu buquê de rosas vermelhas Na manta do toureiro. Vermelho da blusa de gola role que uso hoje . Do xale de lá feito à mão. Morangos vermelhos e ônibus londrinos. Vermelho Mondrian. Vermelho no extrato bancário. Na bandeira do Japão. No sinal vermelho e no molho de macarrão. Do fruto proibido. No proibido fumar ou estacionar Da parede vermelha onde correm meus cavalos assinados em vermelho. Vermelho de raiva. Do vinho tinto. Dos cabelos vermelhos de Gilda. Vermlho da roupa de Noel. Do índio extinto, do urucum e do piriquiti. Na bala de canela, vermelho da rosa e do antúrio. Do nariz do palhaço e da boca da gueixa. Do dragão e do amuleto, do extintor. Bule vermelho de ágata. Vermelho que é cor primária. De copas e ouro. Do veludo das cadeiras do parlamento. Da pimenta e da pitanga. Da terra vermelha do interior e dos telhados de Ouro Preto. De Che, Lula e Hitler. Da fruta do café e do guaraná. Vermelho do Pau Brasil que um dia existiu. Da manta do monge. Da vela de macumba. De Exu e São Jorge. Vermelho de tudo que só vermelho poderia ser. Vermelho do coração!

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