10 abril 2008

Nossa vida encaixotada

"Na cidade a gente passa a vida encaixotada. Sai de um caixote que anda em cima de rodinhas para dentro de uma caixa que sobe, e nos coloca numa microcaixa com uma campainha, que por sua vez se abre para nos enfiar num caixotão dividido em caixas menores em que passamos grande parte do nosso tempo. Dormimos alí! Para piorar, o caixotão paira nos ares, de forma que se você resolver, num descuido, dar um passo para fora, cai no vazio e morre. É muito constrangedor."
Estou me deliciando com "Maitê Proença - Uma vida inventada - Memórias trocadas e outras histórias"

4 comentários:

Estava Perdida no Mar disse...

Nossa, se o tal do "ele" for assim mesmo como vc descreveu no meu blog...eu vou adorar.
Rs...
Ah, vi seu coment sobre ser (não ser) jornalista) no blog da Lathife. Já pensou q ainda dá tempo?
Beijocas

Estava Perdida no Mar disse...

Eu tenho 25 anos, me formei aos 22, junto com a Lathife, e já tive esta mesma sensação de que estava tarde demais para tentar outra coisa. Sorte que sou divinamente realizada com o jornalismo, mas tenho interesse de fazer outros cursos, de ser além. Então, aprendi queé o que menos importa. E no caso da vida acadêmica, acho que a experiência de vida até acrescenta mais. A gente aprende melhor. Não sei se seria o seu caso de mudar de escolha profissional, mas jornalismo é uma profissão genérica que pode ser acrescentada a qq outra. Exemplo: vc pode ser uma advogada formada em jornalismo e escrever para veículos especializados. Tipo isso, entendeu? No meu caso, tenho vontade ainda de cursar psicologia e ciências sociais, e ainda aprender fotografia...para ser uma fotojornalista bem formada. Vou fazer tudo isso ainda, mesmo que me forme e caia morta no caixão...rs Não me importa. Enquanto eu ainda tiver gás, os meus sonhos serão depurados para se tornarem realidade.
Tenta menina.
O "não" vc já tem. Não custa nada correr atrás do "sim".
Beijos

A que está escrita. disse...

Adorei o trecho e estou muito curiosa com o livro. Tanta gente tem falado bem dele...me lembra até uma idéia que tive sobre bonecas russas. Obrigada por compartilhar sua leitura!!

Camila disse...

Nem me fale...

Arquitetos e Urbanistas têm obrigação de melhorar um pouco essa situação, mas eu vejo um movimento inverso. As pessoas mais individualistas, as cidades menos receptivas e os psiquiatras mais ricos...hehe

beijos daqui...