13 novembro 2009

outra repostagem...

Voltei, pra te ver de novo!
Logo após minha saída apressada, grande tristeza me tomou.
Tristeza por ter te deixado sozinha, chorando ao pé da janela.
Quanta indiferença a minha.
Estiquei meu pescoço para tentar espiar o que te machuca neste pedaço de papel.
Talvez uma foto antiga, amarelada, que você desesperadamente tentar iluminar nesta fraca luz que vaza da janela.
O papel parece ter um carimbo postal.
Alguém distante manda notícias?
Alguém distante avisa que não volta mais?
Outro avisa que alguém não existe mais...
Talvez um poema. Talvez uma promessa de amor.
Solidária, tento remexer o baú quase escondido no canto do aposento.
Esperança de encontrar dentro dele o motivo da lágrima iluminada no seu rosto.
Entender o grito de dor que você tenta abafar com o seu xale negro.
O porquê do luto.
Queria poder te apoiar, te confortar.
Impotente, me sentei à sua frente, curvada de tristeza e sofri quieta com você.

7 comentários:

Karin Filgueira disse...

Boa noite, Mariah! Qto conteúdo em tão singelas palavras... Bárbaro, seu blog! Pois acabo de criar o meu e adoraria receber sua visita. Posso contar com ela? Seja bem vinda ao meu Universo Particular! Bjs!!!

Karin Filgueira disse...

Boa noite, Mariah! Qto conteúdo em tão singelas palavras... Bárbaro, seu blog! Pois acabo de criar o meu e adoraria receber sua visita. Posso contar com ela? Seja bem vinda ao meu Universo Particular! Bjs!!!

Úrsula Avner disse...

Olá minha cara, bonito texto... Obrigada pelo carinho de sua visita e comentário. Bj.

Suzi disse...

Quanto de nós mesmos podemos ler nas cenas que, em tese, apenas representam "o outro"...

A Magia da Noite disse...

às vezes é a melhor forma de confortar, partilhar a tristeza.

JEANS E CAMISETA disse...

Se envolver com o outro no sofrimento também consola nosso próprio coração.

Daniel disse...

O fim é sempre dolorido tanto pra quem é abandonado quanto pra quem abandona. Decisão difícil essa. Transição difícil. Mas faz crescer muito.

No seu comentário na minha postagem você disse que não sou advogado, mas sou sim, e eu não entendi a razão.

Daniel