21 fevereiro 2010

quando a menor nasceu…eu e a do meio tínhamos, respectivamente, 8 e 6 anos.
o pai, muito perspicaz e sensível, como todo pai costuma ser,
levou-as a uma tal de "maternidade" para buscar a mãe que,
depois de ter ficado com uma barriga imensa...
havia desaparecido inesplicávelmente por uns dias...
junto com a mãe, buscariam também um misterioso “pacotinho”.
como não podíamos subir ao quarto…o, mais uma vez perspicaz, pai
deixou as duas crianças (indefezas e altamente criativas)
na portaria aos cuidados de alguém…
afinal toda esta operação não duraria mais que 10 minutos, certo?
...bom, para duas crianças "indefezas...criativas...e, cima de tudo, terrivelmente ameaçadas..."...
...não foram necessários nem 5...
a conclusão nos pareceu um tanto óbvia e cruel...
através de uma manobra terrível e friamente calculada, nosso pai - o estrategista -
teria nos levado até um horrível hospital premeditadamente a fim de nos abandonar...
sua intensão sempre foi sair sorrateiramente pelas portas do fundo
com a mãe e o maldito "pacotinho"...
quando surge essa história na mesa da cozinha da casa da mãe...o pai, aquele estrategista, sempre faz o mesmo comentário: era o que eu deveria ter feito mesmo!

já havia postado antes (08/09/2008)
mas hoje é em homenagem a você "caçulinha" pelos seus 30 anos.

3 comentários:

Daniela disse...

Aí se vão milhares de reais em terapia. Pobres crianças.

Jaqueline Lima disse...

Ahhh crianças são sempre assim. exageradas. amedrontadas. e indefesas. em partes. lembro-me de como eu chorava se meu pai não estivesse me esperando no portão da escola...depois ele chegava. me trazia doces. e pedia desculpas. as lágrimas eram subitamente trocadas por largos sorrisos. e assim vivi. e assim sorrio ao me lembrar!!!

Bjoooo

Unknown disse...

Hahaha, qdo meu irmão nasceu eu chorei muito e na escada da casa do meu pai, com a cabeça entre os braços cruzados sobre as pernas, disse: sabia q um dia vc deixaria de me amar....hahaha