O cheiro de rosas a me acarinhar por toda a caminhada me dava a confortável sensação de estar sendo cuidada.
Carregando os cacos que sobraram do nosso amor (obrigada prima) observava os caquinhos que ornamentavam as calçadas..."toc toc toc"...
Cruzei com bêbados e boêmios, desconfiei do comportamento de alguns...muitos desconfiaram do meu....nada diminuía o rítmo das minhas botas pretas..."toc toc toc"...
Eu, nascendo de novo...parto dolorido...na última noite de maio. Casaco de couro, cachecol...e botas pretas ... "toc toc toc"... a me levar.
Na minha lembrança, as noites tristes sempre são frias.
Num bar quase vazio, um cantor, um violão, MPB...desejei entrar, sentar, ouvir a música com uma cerveja....minhas botas não permitiram..."toc toc toc"...
Passei por casas e lojas dormindo de portas fechadas. Ruas em repouso, desertas. Imagens do meu dia a dia num quadro diferente... luz cenográfica, silêncio teatral..."toc toc toc"...
Uma cidade carinhosa a acolher meu momento de reflexão...sem fazer alarde, sem emitir opiniões ou dar conselhos..."Toc toc toc"...
Queria apenas estar quieta. Andando. Pensando. Deixando minhas botas me levarem..."toc toc toc"...
Um comentário:
ontem a lua no céu era azul e o céu de azul intenso, ceú de clarice estava sobre a sua cabeça...onde pousa algo sem perceber..toc. toc. toc é também o barulho que se faz par que as portas se abram...é preciso saber falar...mas tambéwm ouvir. buena fortuna!
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